Este não foi um hotel de 4 ou 5 estrelas mas de constelações completas e que teve um preço aprazível às nossas bolsas. Quando a noite chegava tínhamos a abobada celeste dando um espectáculo que nos fez repensar a nossa verdadeira dimensão e a do Universo.
Mas vou contar o que senti neste país...
Estacionados sob uma sombra, não de toldo, nem esplanada de um hotel! Mas sim no nosso hotel com residentes da varias nacionalidades, à volta de dez, não falando as mesmas línguas, apesar de ser o português a língua predominante. Como se isso fosse importante... O importante para todos foi cantar, cozinhar, comer, dançar, tanta coisa em comum...
A harmonia sempre presente, apesar das sempre faladas divergências de nacionalidades. Nesta mistura constante de animais racionais e animais selvagens, tudo foi harmonioso...
Hora de comer e já tudo preparado para lavar a loiça.
Eu no meio de dois aniversariantes que nos seus respectivos dias tiveram direito a bolo de aniversário e prendas improvisadas. João Vicente, Alexandre Costa, Maria João Mota, Ilidio Catarino, Glória Vilar, Rute Lóio...
Fomos caminhar acompanhado por um guia busquimane, quando regressámos as nossas tendas estavam neste estado, arrumámos os nossos quartos. Desculpem, na realidade Suites. Saíamos da cama, acendíamos a lanterna para ver se não havia algum mirone de 4 patas e de rabo ao léu fazíamos as necessidades e cuidadosamente puxávamos o autoclismo, ou seja cobriamos com areia o buraco previamente feito e limpeza também mas lavando a mente com o espectáculo celeste...
O guia que nos acompanhou numa caminhada, a determinada altura parou e com um pequeno tronco levantou a tampa de um buraco que se encontrava no caminho. Ao caminhar no deserto com vista apurada e conhecimento, vê-se uns pequenos pontos que são marcas de aranha com um elevado grau de veneno. Fazem uma teia a que colam a areia e temos a tampa que são o seu refúgio e segurança. Ao caminharmos produzimos um som que reflecte o nosso peso e assim consegue previsão da sua necessidade de proteção ou a possibilidade de alimento. Levantam a tampa entram, fecham-na
e descem até uma profundidade de um metro. A sobrevivência para a qual todos lutamos no nosso dia a dia...
Nesta aldeia perto da África do Sul, Woordoewer fronteira, o nosso guia explicou-nos como é feito uma aguardente neste alambique improvisado...
Mas outros com maior requinte, trazem a geleira e deliciam-se com o pôr do Sol, saboreando uma taça de vinho. Viva a Vida!!!
Fish River Canyon....
-Servem almoços?
- Sim servimos uma carne óptima! Mas neste momento estamos a saborear a nossa pausa!
Só podia ser com um sorriso destes estampado no rosto e irradiando alegria que nos deixaram registar...
Uma mulher da tribo Himba não resistindo ao modernismo. As necessidades que temos de satisfazer, mas sem exagerar...
- "A sede, necessidade vital para satisfazer, que me dá cabo dos membros..."
- "Após uma corrida, atrás não sei de quê! Agora tenho que descansar. A minha visibilidade é deficiente. Mas este descanso reparador..."
- "Estou farto de andar mas não encontro parceira ou o amor da minha vida. E estas necessidades como acalento?"
Estes ninhos são uma cooperativa entre pássaros minúsculos e abelhas. Excelente união, assim os pequenos repteis afastam-se pois o exército das abelhas, são a guarda vigilante das aves...
Os gnus protegendo-se dos seu predadores...
Não estivesse um atento...
Fotógrafos distraídos...
A LIBERDADE, é uma palavra sagrada que todos ambicionam...
Para estas também...
Uma suricata que brincou com a Maria João
Sem palavras...
Ao cair do dia...
Geralmente estes ninhos são dos papa-figos, também são conhecidos por pássaro tecelão.
Esta ave faz o ninho, convida uma fêmea, esta vê a casa. Se não tem as acomodações necessárias (máquinas de lavar loiça e roupa, televisão e outros confortos), sai, e este terá que fazer novo ninho até que encontre a sua alma ninho...
O nosso guia e condutor do camião, Jojo. A ele o meu sincero obrigado.
Bela viagem por terras de Africa, Viajar é mergulhar na historia e cultura dos povos, e a historia de Africa está pouco investigada. Só não viajo muito por Africa com receio da malária e dos anti malários. Parabéns Alex pelas fotos!
Vamos novamente? Que bem que apetecia para limpar a alma desta "convidada" toda! Abraço